caminho numa estrada deserta
sigo placas sem seta,
horizontes sem fim
a chuva quase nunca desperta
quando a sede resseca um açude em mim
e um grito quase desesperado
sinto as dores de um parto que não tem fim
a chuva quase nunca desperta
quando a sede resseca um açude em mim
é seca que não tem fim
queria ter coragem pra poder atravessar
a terra que o céu não tem pena de molhar
alí que mora toda lembrança
num olhar de esperança que não tem fim
quem sabe um dia Deus me ajude
nessa seca rude que vive em mim
é seca que não tem fim...
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